quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um outro olhar.

Fazia um tempo, que eu não pensava sobre isso, mas continua tendo medo de ter medo de ter medo. E tenho que agradecer a muita gente por isso, principalmente a quem escreveu isso na letra de uma poesia cantada.

Independente desses detalhes..

Vieram me falar algo hoje, coisas que eu tinha esquecido e guardado bem fundo, junto daquela parte da minha alma que podia e queria voltar a realmente gostar de alguém. Só reafirmou o que eu sinto hoje em dia, percebi então que aquilo agora é isso, e essa vontade absurda de ter alguém por perto para abraçar, não passa de toda uma alma remendada falando alto novamente.

As coisas mudaram. É elas mudaram, algumas para a melhor outras para a pior, mas todas mudaram. Agora eu terminei de entender o que isso dentro do meu peito queria tanto dizer e tanto tempo.

Eu não diria 'estou pronto para ser feliz novamente', até porque seria babaquisse. Todo mundo tá pronto pra isso a hora que for, basta querer aproveitar a chance.

Quero viver.
É essa a resposta para as perguntas que eu andava fazendo a mim mesmo. Não é só me divertir, não é só aproveitar, não é trepar, beber e comer.

Eu quero viver.
Quero tudo, do bom e do ruim, eu quero tudo, o que está perto ou o que está longe, eu quero tudo o que é fácil e o que é difícil, eu quero tudo tudo o que posso ter, e quero ainda o que não posso ter.

Já não tenho mais medo de querer.
E quero continuar a ter medo, é ele que me faz ansiar pelos dias melhores, pela paz e pela felicidade.

Eu quero viver isso, eu quero apenas isso.

Ainda não me compreendo por completo, mas acho que dei um passo a frente nessa direção.

domingo, 10 de abril de 2011

Desabafo.

Me testei buscando algo melhor para pensar. Mas tudo que consegui foi perceber que minha febre tá querendo voltar. Ficar ouvindo as mesmas músicas não vão mudar em nada em nenhum sentido. Pensando bem, já tá na hora de parar com essas coisas. Chega uma hora em que os problemas dos outros e os seus cansam. É assim que vai ser, não estou pedindo. Básicamente, eu quero um garrafa de cerveja e alguém na minha cama, por companhia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Em fim.

Auto controle.
Auto diciplina.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Espaço desconfigurado por...

Lá pela janela.
Forçando os olhos você pode enxergar.
Bem de longe, no maracá a chuva passar.
Pode não passar de imaginação.
Ou alguma esperança do calor irritante acabar.
Mas você sabe que logo depois vem o sol.
Quente para te abraçar.
Mas você sabe que logo depois vem a chuva.
Rápida e gelada, pronta para você correr nu.
Disseminando sua felicidade infantil.
E então você fala ' acho que vou tomar uma cerveja pra relaxar'

Pega o guarda chuva, que ela já vem ai.
Pega minha mão, vamos ter um dia bom.
Pego nossas vidas, porque a minha é sua, e sua é minha.

Retratos são só imagens do passado.
E tem horas que é bom não lembrar.
Essa camisa molhada é só um peso.
Mas é bom refrescar a cabeça,
do peso do que nunca te fez bem.
Então você diz 'garçom, me traga emoção'.
E ele responde 'desculpe, a emoção acabou, aquela garota levou o que sobrou'.

Pega o guarda chuva, que ela ja vem ai.
Pega minha mão, vamos ter um dia bom.
Pego nossas vidas, porque a minha é sua, e a sua é minha

Não pode continuar assim.
Lá fora nada para.
Então pegue seu carro, sua moto, sua bike ou seus pés.
Cai na estrada, dos que nunca param.
Faça sol ou faça chuva.
Mesmo sem sua porção de emoção.
Nem tudo é diversão.
Estar perdido não é não saber de onde veio.
Estar perdido é não querer saber pra onde isso tudo vai.
E então você diz 'quer fazer parte da minha vida?'
E o que ela responde, ninguém precisa saber.
Segue na estrada sem parar.

Pega o guarda chuva, que ela já vem ai.
Pega minha mão, vamos ter um dia bom.
Pego nossas vidas, porque a minha é sua, e sua é minha.

Ou na praça perto da sua casa.
Qualquer coisa boa pode acontecer.
Se estiver em paz consigo mesmo.
Tomando uma cerveja para relaxar.
Aproveitando sua porção de emoção.
Tendo um bom dia, com a dona do teu coração.
Ou andando por ai, apenas sem se importar com a direção.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Escrever por escrever

Já era noite, mais o dia não tinha terminado. A lua mandava as estrelas caírem, mas o sol ainda estava lá, em escondido, em algum lugar. Aquele tal caminho, e aquelas belas frases feitas, não mudavam nada, já não serviam para nada. O que seria seguir em frente, se o mundo já não estava a seus pés, e a gravidade foi embora procurar algo melhor para fazer.

E tudo que bastava ter, eram as palavras certas nas horas erradas, um olhar enganador e uma bela bundinha empinada.

Afinal de contas, já não existia a maré para levar e trazer o que pensam de mim, e o que eu penso de você.

Porque o rock'n roll comendo solto a noite toda é implícito em género, número e volume estourado no máximo.

E agora, com o girar da terra em seu eixo de rotação e translação tudo se resumiria a um beijo, um abraço, e uma mordida bem dada, só por diversão.

E olhar para a janela por prazer, de poder ver, todo céu estrelado olhando para você, não é a mesma coisa quando a cama está vazia, e definitivamente não tem ninguém para você comer. Meter, trepar, fuder.


A.. que se dane, eu só tava afim de escrever qualquer coisa mesmo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Eu não entendo isso.

Deve ter algo de errado nisso.
Por que tanta frustração?
Esperamos que algo de certo.
Então olhamos para traz.
E não me lembro de tudo ser triste e cinza.
Então por que tanta frustração?
Eu não entendo isso.

Nos somos iguais,
Sempre iguais,
Iguais ao que éramos antes.
Só que maiores e arrogantes.
Então por que tanta frustração?
Eu não me lembro de nada mesmo.
Eu não entendo nada disso.

Tenta pensar pelo lado bom.
Mas as luvas tiram o tato do lixo.
Eu não entendo isso.
Venha até aqui, e foda-se tudo.
Se é não. Eu não entendo nada disso.

Deixe ir.
Largue a chave.
Nos nunca tivemos essa reunião.
Ninguém deve saber desse conclave.
Esquece essa frustração.
Porque deve ter algo de errado nisso.
Vendaram os olhos que tentavam ver,
Para confundi-los com prazer.
Mas, o que eu tenho haver com isso?
Eu não entendo nada disso.

Venha cá.
Deixe-me só.
Ninguém quer te escutar.
Me deixam falando sozinho.
Só pra depois perguntar:
Por que tanta frustração?
Fique dentro e te escute gritar.
Não precisa fugir,
Se você pode apenas cantar.
Responder por que?
Deve ter algo errado nisso.
Afinal eu não entendo nada disso.

Essa festa não acabou.
Mas ela vai embora sem querer.
Esperar.
Eu espero.
Ele espera indo atrás.
Queremos ir alto.
E o som é pesado.
Por que tanta frustração?
Vou me lembrar de perguntar.
Mas é só diversão.
Ninguém se preocupa com o passado.
O que me parece errado.
Parece pra ela também.
Mas não pra ele.
Estou esperando a morte chegar.
Mas é só diversão.
Sem luvas, sem faixas sem perguntas.
Nos esperamos terminar.
Eu não entendo isso.
Então o dia a dia, deve de ser para se aproveitar.
Mas eu não entendo nada disso.
Fazer o que se eu errar?
Esperamos estar indo na viagem certa.
Preocupesse só em tentar.




Minhas mãos estão atadas, enquanto escrevo. Por que não queria escrever, queria falar para você, coisas que eu não tenho certeza, pois são relances de memórias, sonhos e histórias, que não existem mais em nenhum outro lugar alem da minha imaginação, tomada por uma criatividade infantil e um pouco mimada, por sempre esperar que tudo de certo, que tudo acabe bem e tenha um final feliz. Então não há quero, nem a ninguém. Não quero você. Aquela paz que senti ouvindo alguma música sem sentido, veio de algum lugar por ali. Mas.. pra onde vai?
Só conheço paz nos braços de uma mulher que já deitou nos braços de outra mulher.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sangue, fúria e amor.

Quem falou para aquele homem na porta que a entrada era V.I.P com certeza não o conhecia. Pois bem, voltou-se até sua caminhonete robusta, abriu a porta com suavidade incomum para um homem como ele, e sentou-se no banco do motorista. O segurança que olhava a despedida apenas e sorriu, e logo voltou a seus afazeres.

A noite estava especialmente escura, com o céu nublado, com um tom alaranjado pelas lâmpadas incandescentes usadas para iluminar as ruas, era inverno, e todos andavam bem aquecidos com roupas mais pesadas. O silêncio imperava na rua aquela altura, quando a porta da caminhonete se abriu, uma onda sonora estridente e ressoante percorreu o ar.

Desceu revigorado e marchou para a entrada do club. A fila extensa deu total atenção ao ocorrido, principalmente por que ele carregava consigo uma grande chave de rodas.

"O que foi malandrage?" Bradou o segurança inflando o peito. Sim ele era mais alto, talvez com quase dois metros de altura. Sem respostas, o rock pesado vindo da caminhonete abafava qualquer outro som, ninguém o ouviu. Sem respostas, atingiu o segurança em cheio com a chave de rodas. Os óculos voaram até os espectadores aflitos com o final da cena. O grande corpo se chocou contra a pesada porta que nem sequer sentiu o impacto.

Satisfeito, voltou à caminhonete. Limpou cuidadosamente a chave de roda, e a guardou. Não há briga que ele não compre, não há briga que ele não vença. Desligou o som, todos o observavam. A atenção não era a recompensa que ele esperava ter da plateia, sinceramente esperava um pouco de medo, um pouco de euforia, e pessoas gritando e saindo de lá.

Rosnou enquanto colocava o cambio na primeira marcha. Os espectadores esperavam algo mais. Apertou o volante, o tempo passava e cada vez mais aquelas ovelhas ficavam mais estúpidas.

Já cruzava a esquina, quando por fim a raiva tomou sua cabeça. Ele não fora criado em meio a surras e guerras, para depois de quebrar o maxilar de um babaca, não ver os transeuntes estúpidos não fugirem de medo. Decidiu dar um motivo mais forte.

Engatou a ré, acelerou. Puxou o freio de mão, e a pesada caminhonete virou-se frente para a plateia. Todos olharam assustados pelo som produzido. Acelerou. Primeiro não acreditaram, depois.. histeria, começaram todos a correr, e a gritar. Não acertou nenhuma alma viva, que pena. A caminhonete chocou-se com a parede, a perfurando e carregando os escombros para dentro do club. O som vazou, a diversão acabou. Ré, velocidade, cavalo de pau, primeira, acelerou, segunda, acelerou. A diversão começou.

Algumas horas mais tarde, estava parado olhando o mar, sentado em um dos bancos que foram colocados no pier há alguns anos. Com as ondas indo e vindo, com seus pensamentos indo e vindo. Para ele não restava nada, não existiam mais amigos, companheiros, mulheres ou familiares.

Era um noite triste afinal, pois não tinha um lar para voltar todas as manhãs e se aninhar em uma cama. Já não sentia falta, já não fazia questão, não lhe restava nada do seu passado antigo, seu escudo quebrou a muito tempo, sua espada perdida nas ondas bravias dos mares do norte, sua dignidade de guerreiro se foi. Suicídio era para fracos. Um morto não pode morrer novamente.

Afinal, porque continuava ali depois de tantos anos perdidos, jogados fora, apenas vadiando, bebendo e brigando? Levantou-se, não sentia fome hoje. Hoje o sangue não implorava para que ele o sugasse, fosse de quem fosse.

Entrou na caminhonete novamente, sua casa ficava longe, em um bairro pobre. As desilusões de uma vida sem vida foram demais para ele, antes o príncipe de um palácio, hoje residente de um hotel caindo aos pedaços. Uma cama, e nada de luz solar, já o bastavam. Quase uma hora depois, chegou, estacionou o carro logo ao lado do hotel. Caminhou com passos curtos, apreciando os últimos momentos de escuridão. Um homem saiu com uma mulher nas costas, uma mulher morta. Entrou no prédio, apartamento 403 B.

Bom dia.




Fim da Segunda Parte.