quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Espaço desconfigurado por...

Lá pela janela.
Forçando os olhos você pode enxergar.
Bem de longe, no maracá a chuva passar.
Pode não passar de imaginação.
Ou alguma esperança do calor irritante acabar.
Mas você sabe que logo depois vem o sol.
Quente para te abraçar.
Mas você sabe que logo depois vem a chuva.
Rápida e gelada, pronta para você correr nu.
Disseminando sua felicidade infantil.
E então você fala ' acho que vou tomar uma cerveja pra relaxar'

Pega o guarda chuva, que ela já vem ai.
Pega minha mão, vamos ter um dia bom.
Pego nossas vidas, porque a minha é sua, e sua é minha.

Retratos são só imagens do passado.
E tem horas que é bom não lembrar.
Essa camisa molhada é só um peso.
Mas é bom refrescar a cabeça,
do peso do que nunca te fez bem.
Então você diz 'garçom, me traga emoção'.
E ele responde 'desculpe, a emoção acabou, aquela garota levou o que sobrou'.

Pega o guarda chuva, que ela ja vem ai.
Pega minha mão, vamos ter um dia bom.
Pego nossas vidas, porque a minha é sua, e a sua é minha

Não pode continuar assim.
Lá fora nada para.
Então pegue seu carro, sua moto, sua bike ou seus pés.
Cai na estrada, dos que nunca param.
Faça sol ou faça chuva.
Mesmo sem sua porção de emoção.
Nem tudo é diversão.
Estar perdido não é não saber de onde veio.
Estar perdido é não querer saber pra onde isso tudo vai.
E então você diz 'quer fazer parte da minha vida?'
E o que ela responde, ninguém precisa saber.
Segue na estrada sem parar.

Pega o guarda chuva, que ela já vem ai.
Pega minha mão, vamos ter um dia bom.
Pego nossas vidas, porque a minha é sua, e sua é minha.

Ou na praça perto da sua casa.
Qualquer coisa boa pode acontecer.
Se estiver em paz consigo mesmo.
Tomando uma cerveja para relaxar.
Aproveitando sua porção de emoção.
Tendo um bom dia, com a dona do teu coração.
Ou andando por ai, apenas sem se importar com a direção.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Escrever por escrever

Já era noite, mais o dia não tinha terminado. A lua mandava as estrelas caírem, mas o sol ainda estava lá, em escondido, em algum lugar. Aquele tal caminho, e aquelas belas frases feitas, não mudavam nada, já não serviam para nada. O que seria seguir em frente, se o mundo já não estava a seus pés, e a gravidade foi embora procurar algo melhor para fazer.

E tudo que bastava ter, eram as palavras certas nas horas erradas, um olhar enganador e uma bela bundinha empinada.

Afinal de contas, já não existia a maré para levar e trazer o que pensam de mim, e o que eu penso de você.

Porque o rock'n roll comendo solto a noite toda é implícito em género, número e volume estourado no máximo.

E agora, com o girar da terra em seu eixo de rotação e translação tudo se resumiria a um beijo, um abraço, e uma mordida bem dada, só por diversão.

E olhar para a janela por prazer, de poder ver, todo céu estrelado olhando para você, não é a mesma coisa quando a cama está vazia, e definitivamente não tem ninguém para você comer. Meter, trepar, fuder.


A.. que se dane, eu só tava afim de escrever qualquer coisa mesmo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Eu não entendo isso.

Deve ter algo de errado nisso.
Por que tanta frustração?
Esperamos que algo de certo.
Então olhamos para traz.
E não me lembro de tudo ser triste e cinza.
Então por que tanta frustração?
Eu não entendo isso.

Nos somos iguais,
Sempre iguais,
Iguais ao que éramos antes.
Só que maiores e arrogantes.
Então por que tanta frustração?
Eu não me lembro de nada mesmo.
Eu não entendo nada disso.

Tenta pensar pelo lado bom.
Mas as luvas tiram o tato do lixo.
Eu não entendo isso.
Venha até aqui, e foda-se tudo.
Se é não. Eu não entendo nada disso.

Deixe ir.
Largue a chave.
Nos nunca tivemos essa reunião.
Ninguém deve saber desse conclave.
Esquece essa frustração.
Porque deve ter algo de errado nisso.
Vendaram os olhos que tentavam ver,
Para confundi-los com prazer.
Mas, o que eu tenho haver com isso?
Eu não entendo nada disso.

Venha cá.
Deixe-me só.
Ninguém quer te escutar.
Me deixam falando sozinho.
Só pra depois perguntar:
Por que tanta frustração?
Fique dentro e te escute gritar.
Não precisa fugir,
Se você pode apenas cantar.
Responder por que?
Deve ter algo errado nisso.
Afinal eu não entendo nada disso.

Essa festa não acabou.
Mas ela vai embora sem querer.
Esperar.
Eu espero.
Ele espera indo atrás.
Queremos ir alto.
E o som é pesado.
Por que tanta frustração?
Vou me lembrar de perguntar.
Mas é só diversão.
Ninguém se preocupa com o passado.
O que me parece errado.
Parece pra ela também.
Mas não pra ele.
Estou esperando a morte chegar.
Mas é só diversão.
Sem luvas, sem faixas sem perguntas.
Nos esperamos terminar.
Eu não entendo isso.
Então o dia a dia, deve de ser para se aproveitar.
Mas eu não entendo nada disso.
Fazer o que se eu errar?
Esperamos estar indo na viagem certa.
Preocupesse só em tentar.




Minhas mãos estão atadas, enquanto escrevo. Por que não queria escrever, queria falar para você, coisas que eu não tenho certeza, pois são relances de memórias, sonhos e histórias, que não existem mais em nenhum outro lugar alem da minha imaginação, tomada por uma criatividade infantil e um pouco mimada, por sempre esperar que tudo de certo, que tudo acabe bem e tenha um final feliz. Então não há quero, nem a ninguém. Não quero você. Aquela paz que senti ouvindo alguma música sem sentido, veio de algum lugar por ali. Mas.. pra onde vai?
Só conheço paz nos braços de uma mulher que já deitou nos braços de outra mulher.