quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sangue, Fúria e Amor.

Um aviso ao leitor desavisado; caso goste de Crepúsculo ou derivados, não leia isto. Não será de seu agrado, nem do meu.





Primeira Parte

Ele vai ao show, mas desiste, essa noite é especialmente ruim. Caminha pela rua por horas, até achar um bar com boa música e com pouca gente. Pede um cerveja, sua boca seca a séculos se acostumou a se enganar com a cevada.

Você devia procurar algo para se divertir. Digo, que tal uma escrava? Realizar todos os teus desejos bizarros, são só humanos afinal, sempre existem muitos mais. Lembrou do que um colega falou.

Bebeu um pouco, um longo gole, era gelada, olhou a sua volta, pensou em seguir a sugestão que lhe deram. Ninguém lhe chamou a atenção, altas, magras, as mais belas, as mais cobiçadas, já tinha possuído muitas, mas nenhuma o entreteceu por muito tempo. Murmurava uma melodia confusa, mais uma vez começava seu processo criativo.

“Fico me perguntando como que ela pode aguentar..eu já tentei de tudo, já até fiz coisas que não me orgulho... crianças são sagradas..” Meneou a cabeça por sua auto desaprovação. Outra noite se passando, e o sangue em seu corpo se consumindo, mas ele não sentia falta, não sentia fome, estava vazio, mais vazio do que o normal. Estava morto em fim? Discou em seu telefone o número que tinha pegado no jornal. “Que se foda” pensou, uma prostitua a menos no mundo, que falta faria? Se sentiu igual a Urder.

Em duas horas em um hotel barato nas redondezas do bairro, foi onde marcou. Escolheu a mais normal, e a menos atraente, não era a mais jovem, claro, se o anúncio não fosse pura mentira. Uma noite de sexo, e no final nada alem de um banho de sangue. Uma besta. Um ser maldito, porcaria, a porcaria superior. Para que fugir? Uma hora ou outra ele se tornaria aquilo mesmo, já tinha sangue nas mãos, só era hipócrita o bastante para achar que era diferente.

Sujo, velho, um prédio do século anterior, que nunca sofreu uma única reforma. Não importava, para ele um quarto, uma cama, e um chuveiro, era o que ele precisava pelo resto da noite.

“Boa noite, Mike? É a Janet do anúncio, posso subir?” Perguntou uma voz normal, não era nada excitante, não era nada juvenil.
“Ok” Foi a sua resposta, e a porta com tranca eletrônica se abriu. Ela subiu dois lances de escada, 201 A, bateu na porta e ele abriu. “Olá Mike” sorriu tão doce quanto uma pimenta. “Pode entrar, a casa é sua” E ele respondeu, dando-lhe passagem.

Não era mais alta do que ele imaginava, a pela branca, o lábio rosado sem bâton, com um piercing, o rosto delicado, seus olhos escuros, tristes e cansados, sublinhados pelo lápis escuro borrado, de cabelo escuro, pretos como os seus, uma franja longa, seguindo por sua cabeça , até dar espaço ao cabelo trançado a partir da nuca. Vestia com uma camiseta simples, que não evidenciava os pequenos seios, que cabiam dentro de uma taça, e uma calça jeans clara, rasgada, um ténis normal de alguma marca pouco conhecida. Como ele tinha pedido, exigências estranhas para quem não queria chamar a atenção, ele mesmo concordava. Deixou a bolsa na mesa vazia, e andou provocativa, até o quarto, na porta se escorou “Você não vem?” Abria o zipper de seu jeans, o descendo em seguida, exibindo a calcinha vermelha.

Um sorriso satisfeito, mas com um olhar triste caminhou até ela, encostando seu corpo com o da mulher, sentiu sua calça cair, a pele quente, e o bater de seu coração, que o excitava. A beijou, primeiro a boca e depois seu pescoço, sua mão correu para sua cintura, até chegar suavemente entre suas pernas, a tocou e Janet mordeu os lábios.

“Faz logo e acaba com essa merda, seu porco..” Ela pensava seguidas vezes, enquanto fingia estar gostando de tudo o que acontecia. Sentia nojo de si mesma, era suja, maculada, um lixo. Precisava sustentar seu vício, precisava tentar não se matar a cada manhã. Seu corpo era a cura para os prazeres mais sórdidos de homens imundos, e o caminho para sua droga, para as doses que a livravam da realidade miserável em que vivia. Queria morrer, mas tinha medo, aos quinze virou prostituta para viver fora de casa, livre do padrasto que abusava dela, e da mãe alcoólatra. Logo mergulhou no mundo das drogas, afundando cada vez mais. Alucinógenos, ácido, e agora a Heroína. Em um momento de raiva e arrependimento tatuou em suas costas, desde a nuca até as covas de sua cintura, uma cruz, com os dizeres logo abaixo ‘Salve Minha Alma’.

Fingia o gemido estridente, mas não era prazer, e a cada movimento a dor de uma faca a perfurava, sua raiva só crescia. O tempo passava e o cara não acabava, ela sempre achou-se boa, nunca demorava mais do que metade do tempo, dessa vez ao contrário, ele não terminava, e ela exausta, perdia a força, perdia o pouco do seu eu que a fazia fingir, começou a chorar.

A princípio, o desejo carnal, o sangue fresco a sua frente, aquele pulsar de suas veias, o deixou entorpecido, não percebeu o choro da garota. Ela já não resistia mais as mordiscadas em seu pescoço, e ao sexo, e não resistiu quando ele em fim, com suas presas penetrou seu pescoço.

Sua dor era lacerante, os abusos de 6 anos como prostituta não eram nada, nada se comparava a dor que sentia agora. Aquilo era morrer? Ela se perguntava, suas lágrimas molhavam o rosto pálido dele, que sugava sua vida destruída.

Até que parou.. ela não conseguia gritar, e suas lágrimas já tinham secado, tinha desistido. Sentiu então o peso sobre si sumir, a cama rangia. Abriu os olhos, e deslumbrou, aquele cara encostado na parede olhando para ela, sujo por seu sangue, sua palidez em contraste com o vermelho puro de seu sangue impuro, o longo cabelo bagunçado a expressão de terror, uma das mãos puxava com força o próprio cabelo. Já não tinha forças para se mover, se sentia tonta. “Por que parou de me matar? Porque não acabou logo com o meu sofrimento?” As lágrimas voltaram a cair de seus olhos, queria ter sido morta, se tinha que morrer deveria acabar logo, não aguentava mais uma vida de tanto sofrimento.

Seus olhos a focaram novamente, o sangue escorria por seu corpo. Vagarosamente chegou até a jovem mulher com a ferida aberta em seu pescoço, se reclinou, ia acabar o que começou... os dentes novamente, introduziu em seu pescoço, voltando a sugá-la, que se agarrou em volta de seu pescoço carinhosamente, e pronunciou aos sussurros antes de desmaiar “Eu te amo”.

Quarto escuro, cama macia, lençóis cheirosos, sons de piano, e na boca o gosto de leite. Notou então ao lado, na mesa de cabeceira uma bandeja com biscoitos e uma jarra, também viu um copo cheio pela metade. Se perguntava se a noite passada teria sido alguma reação estranha causada por uma dose muito forte de sua droga.

“Achei que não acordaria mais..” Desencostou-se da porta, a sombra onde os olhos da garota não conseguiriam enxergar, e virou-se saindo “Me deixou preocupado”.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Revolta

Email enviado ao Serviço de Atendimento do Inep (faleconosco@inep.gov.br).

Falta de Respeito para com os inscritos no ENEM

Me vi forçado a cobrar de alguém pelo o que a ocorreu. Não vou usar como motivo os R$ 35,00 que eu gastei ao me inscrever, só usarei a falta de respeito com todos os inscritos mesmo. Como um órgão do Governo pode ser responsável por tamanha falta de respeito?

Foi raiva é? Por que algum desajustado atrapalhou a primeira 'tentativa' de processo?

Fiz a prova no Rio de Janeiro, aqui na capital mesmo, não posso reclamar muito da estrutura do local, que ao meu ver estava boa comparada a de outros lugares, porem.. a prova, como aparentemente foi ignorado nas manchetes de seu site oficial, foi completamente fora dos padrões estipulados pelo próprio governo (vocês, correto?)

Eu fiquei realmente boquiaberto com alguns disparates que notei.

Como é possível, uma banca deixar passar erros ridículos, é isso mesmo ridículos como "Escravidão no Egipto antigo" ?
Desculpem os termos, mais quem fez isso é desprovido de capacidade intelectual? Ou simplesmente fez de propósito? Isso merece um expulsão ou qualquer outra coisa. Isso é um cumulo. Estão tentando passar um atestado de idiotas para nos os jovens que querem um futuro descente?

Total falta de respeito..
Deveriam sentir vergonha de deixar isso prosseguir.

Lamentável..é lamentável o estado que Educação nessa pais está tomando.

- De um cidadão,um estudante revoltado com a falta de respeito mostrado para com o futuro desse país.