quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ensaio sobre Improviso

Segue a rua

Escuta o som

Espera a esquina

Logo vem a chuva

Eu viro calmo, faço a curva.

E vem a nuvem escura

A vida é curta.

Vivo no palheiro,

me chamo agulha.

Por favor, pare,

facilite minha procura.

Não precisa muito, só se afaste.

Só enquanto o playlist muda.

Variedade sonora.

Gostos variados, sem censura.

Não sei tudo sobre nada.

Só gotas de chuva.

Esse tipo de coisa não me preocupa.

Coloco as mãos nos bolsos.

Olho por ai, achar uma marquise em certas ruas é sempre uma luta.

Odeio ter que esperar,

Tenho más experiências, prefiro deixar rolar.

Assim como prefiro cabelo solto.

Relação aberta.

Cara, já esteve sem uma direção certa?

Me fundo a terra, em um prelúdio de lucidez, toco o fundo fugindo dentro de minha embriaguez, corro, grito, soluço, é tudo é tudo, tudo isso é o fim do mundo, fim do chão, tropeço caio nesse mundo imundo, sem viva alma pra contar um história, sem os olhos abertos para notar uma derrota, a nota é vermelha, os céus sou negros, o ar frio que hoje fez nascer o nevoeiro, sim isso é insanidade mesclada a queda no bueiro, eu puxo, forço forço, eu inalo, mas não sinto cheiro, isso tudo é verdadeiro?

Nenhum comentário: